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Diamante: o que é, significado, formação, características e curiosidades

O que é o diamante?

O diamante é uma forma cristalina do carbono, um elemento químico. É uma das substâncias mais duras conhecidas pela humanidade devido à sua estrutura cristalina, e é famoso por sua beleza e valor.

A composição química do diamante e sua estrutura o tornam uma pedra singular entre todos os minerais. O diamante é a única pedra natural composta de um único elemento. Tipicamente, o diamante é feito de 99.95% de carbono. Os outros 0.05% incluem alguns traços de outros elementos que não fazem parte da estrutura do diamante em si, mas que podem influenciar na cor e no formato da gema preciosa.

O diamante é o material mais duro do planeta: 58 vezes mais duro que qualquer outro material na natureza. Isso acontece porque estrutura de cristal do diamante é isométrica. Isso significa que os átomos de carbono são ligados da mesma maneira em todas as direções.

Já o grafite, que também é composto apenas de carbono, possui um processo de formação da estrutura do cristal muito diferente do diamante. O resultado é um material macio. Assim, enquanto você pode escrever com grafite em um papel, o diamante é tão duro que você só pode riscá-lo com outro diamante.

Esta gema também é bastante resistente ao calor. Só é possível derreter um diamante a uma temperatura de 5.500 °C, o que significa que os diamantes sumiriam apenas se a Terra entrasse em contato com o sol.

O diamante conta também com propriedades óticas notáveis. Com um índice de dispersão elevado (0,044) e um índice de refração de 2,417-2,419, o diamante consegue produzir um alto brilho e belos estouros de luz.

Por ser uma pedra natural, algumas qualidades do diamante variam de acordo com cada exemplar. Diamantes de melhor qualidade possuem menos impurezas e são quase incolores.

Onde são formados os diamantes?

Os diamantes são formados no interior da Terra, a profundidades consideráveis, onde as condições de pressão e temperatura são extremamente elevadas. Eles se originam no manto terrestre, que é uma camada localizada entre a crosta terrestre e o núcleo. O processo de formação dos diamantes envolve os seguintes passos:

Carbono na forma de Carbono Inorgânico: O carbono necessário para a formação dos diamantes não vem de seres orgânicos, como plantas ou animais, mas sim de carbono inorgânico. O carbono na forma de carbonato é transportado para o manto terrestre por meio de processos geológicos, como a subducção de placas tectônicas.

Alta Pressão e Temperatura: A profundidades de dezenas a centenas de quilômetros abaixo da superfície da Terra, a pressão e temperatura são extremamente elevadas. Essas condições são essenciais para a formação dos diamantes, pois permitem que os átomos de carbono se organizem em uma estrutura cristalina cúbica, que é a estrutura característica dos diamantes.

Cristalização Lenta: O processo de cristalização do carbono no diamante é muito lento e pode levar milhões de anos para que um diamante se forme completamente.

Migração à Superfície: Ao longo de milhões de anos, processos geológicos como erupções vulcânicas podem transportar os diamantes da profundidade do manto até a superfície da Terra.

É importante notar que nem todos os carbonos que entram no manto se transformam em diamantes; muitos permanecem em outras formas minerais. Os diamantes são, portanto, relativamente raros devido às condições extremas necessárias para sua formação.

A mineração de diamantes geralmente ocorre em locais onde os diamantes foram trazidos à superfície por erupções vulcânicas antigas, e esses locais são conhecidos como depósitos de diamantes primários. No entanto, também existem depósitos secundários, onde os diamantes foram transportados por rios e outros processos naturais e acumulados em depósitos aluviais.

Características dos diamantes

Os diamantes são conhecidos por suas características únicas e impressionantes, que contribuem para sua beleza e valor. Aqui estão algumas das principais características dos diamantes:

  • Dureza: Os diamantes são uma das substâncias naturais mais duras conhecidas pelo homem. Sua dureza é medida na escala de Mohs, onde o diamante é classificado como o mineral mais duro, com uma pontuação de 10. Isso significa que os diamantes são altamente resistentes a riscos e desgaste.
  • Brilho: Os diamantes têm um brilho excepcional devido à sua capacidade de dispersar a luz. Isso é conhecido como “fogo” ou “brilho de dispersão”. A luz incidente é desviada em várias cores do espectro, criando um efeito de cintilação.
  • Transparência: Os diamantes são geralmente transparentes ou ligeiramente translúcidos. A transparência permite que a luz passe através da pedra, maximizando seu brilho.
  • Cores: Embora a maioria dos diamantes seja incolor ou quase incolor, eles podem ocorrer em uma variedade de cores, incluindo amarelo, marrom, azul, rosa, verde e até vermelho. Diamantes completamente incolores são os mais valiosos.
  • Pureza: A pureza de um diamante se refere à presença de inclusões ou imperfeições internas. Diamantes com poucas ou nenhuma inclusão são considerados mais valiosos. Os diamantes completamente livres de inclusões são extremamente raros.
  • Lapidação: A lapidação é a arte de dar forma e cortar um diamante para maximizar sua beleza e brilho. Diamantes podem ser lapidados em várias formas, como redonda, princesa, esmeralda e muitas outras.
  • Quilates: O peso de um diamante é medido em quilates (ct), sendo que um quilate equivale a cerca de 0,2 gramas. Quanto maior o quilate, mais valioso o diamante, desde que as outras características, como cor e clareza, estejam em conformidade.
  • Mineração e Comércio: A mineração de diamantes é uma indústria global, com grandes depósitos encontrados em vários países, incluindo Rússia, Botswana, Canadá e diversos países africanos. O comércio de diamantes é regulamentado pelo Processo de Kimberley para evitar a comercialização de “diamantes de sangue” associados a conflitos armados.

Curiosidades sobre o diamante

Em média, 80% dos diamantes extraídos no mundo não são apropriados para a confecção de joias. Essas pedras, rejeitadas pelas joalherias, são encaminhadas para uso industrial, fabricação de instrumentos de polimento, perfuração e corte.

  • Diamantes São Velhos: Os diamantes que encontramos hoje podem ter bilhões de anos. Isso ocorre porque eles se formam no interior da Terra em condições de pressão e temperatura extremamente altas, levando muito tempo para subir à superfície.
  • Diamantes na Lua: Diamantes não são exclusivos da Terra. Cientistas acreditam que a Lua pode conter pequenos diamantes, formados por impactos de meteoritos.
  • Diamante Azul: Os diamantes azuis são extremamente raros e altamente valorizados. Eles obtêm sua cor devido à presença de impurezas de boro durante a formação.
  • Diamante Rosa: Os diamantes rosas também são muito raros e altamente cobiçados. Eles devem sua cor a deslocamentos na estrutura cristalina durante a formação.
  • Diamantes na Grécia Antiga: Os antigos gregos acreditavam que os diamantes eram lágrimas dos deuses ou fragmentos de estrelas caídas na Terra.
  • Símbolo de Amor Eterno: Os diamantes são frequentemente usados em anéis de noivado como um símbolo de amor eterno devido à sua durabilidade e beleza.
  • Diamantes Sintéticos: Diamantes sintéticos ou criados em laboratório têm sido produzidos desde a década de 1950. Eles têm a mesma composição química e propriedades físicas dos diamantes naturais.

O maior diamante conhecido

O Cullinan é o maior diamante já encontrado Em 1905, na África, um diamante bruto de 3.106,75 cts (cerca de 612g) foi encontrado por Frederick Wells, a nove metros de profundidade, em uma parede da mina. Ele é considerado o maior diamante bruto já encontrado. A pedra foi batizado de Cullinan, em homenagem ao dono da mina onde foi achado, Thomas Cullinan

Em 1907, este exemplar foi dado como presente ao rei britânico Edward VII, em seu aniversário de 66 anos, pelo governo de Transvaal, local da mina de Cullinan.

O Cullinan foi dividido em três grandes partes pelo famoso lapidador Joseph Asscher. Esses três pedaços deram origem a nove gemas (Cullinan I ao Cullinan IX) e a noventa e seis pequenos brilhes.

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