A Fossa das Marianas é o ponto mais profundo dos oceanos da Terra e um dos lugares mais inexplorados do planeta. Ela está localizada no Oceano Pacífico Ocidental, a leste das Ilhas Marianas, e é conhecida por sua profundidade extrema, atingindo uma profundidade de aproximadamente 10.928 metros (35.856 pés) no ponto mais profundo conhecido, chamado de “Challenger Deep.”
A Fossa das Marianas é uma trincheira oceânica, uma característica geográfica formada pela colisão de duas placas tectônicas: a Placa do Pacífico e a Placa das Filipinas. Esse processo de subducção, no qual uma placa oceânica é empurrada sob a outra, levou à formação dessa trincheira profunda ao longo de milhões de anos.
Profundidade, pressão e temperatura
A Fossa das Marianas é conhecida por abrigar algumas das maiores profundidades encontradas nos oceanos da Terra. O ponto mais profundo dessa trincheira oceânica é conhecido como Challenger Deep, e sua profundidade é extraordinariamente extrema. Aqui estão alguns detalhes sobre as profundidades na Fossa das Marianas:
Challenger Deep
O ponto mais profundo da Fossa das Marianas é o Challenger Deep, que atinge uma profundidade estimada de cerca de 10.928 metros (35.856 pés) abaixo do nível do mar. Isso o torna o lugar mais profundo conhecido em qualquer parte dos oceanos da Terra.
Ele foi nomeado em homenagem à expedição britânica HMS Challenger, que mediu pela primeira vez sua profundidade em 1875. É uma área extremamente inóspita e desafiadora para a exploração devido à pressão esmagadora e às condições extremas
O submarino tripulado “Trieste” foi o primeiro a atingir o Challenger Deep em 1960.
Pressão extrema
Nas profundezas da Fossa das Marianas, a pressão da água é esmagadora. Ela atinge mais de 1.000 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. A pressão extrema é um dos principais desafios para a exploração humana das profundezas oceânicas e requer submarinos especiais e equipamentos resistentes para suportá-la.
Temperaturas frias
As temperaturas nas profundezas da Fossa das Marianas são muito frias, geralmente próximas ao ponto de congelamento da água. A escuridão prevalece a essas profundidades, já que a luz solar não consegue penetrar tão profundamente na água.
Exploração científica
A Fossa das Marianas é um local de grande interesse para a pesquisa científica, pois oferece insights sobre a geologia do fundo do oceano, a evolução das placas tectônicas e a capacidade de vida de se adaptar a condições extremas. A exploração dessa região é realizada por submarinos tripulados e não tripulados, bem como por veículos autônomos.
Desafios técnicos
A exploração das profundezas da Fossa das Marianas é um empreendimento tecnológico desafiador. Os veículos submersíveis precisam ser construídos para suportar a pressão extrema e as baixas temperaturas, ao mesmo tempo em que fornecem energia e coletam dados científicos.
Importância científica
Além de ser um local de grande relevância geológica, a Fossa das Marianas é também importante para a compreensão da biodiversidade em ambientes extremos. A vida encontrada nesses locais fornece informações valiosas sobre como os organismos podem sobreviver em condições tão adversas.
Espécies que vivem na Fossa das Marianas
A Fossa das Marianas é um dos ambientes mais inóspitos e extremos da Terra devido à sua extrema profundidade, escuridão, pressão esmagadora e temperaturas frias. No entanto, apesar dessas condições adversas, existem algumas formas de vida adaptadas a esse ambiente hostil. Aqui estão algumas das espécies de vida que foram descobertas na Fossa das Marianas:
- Anfípodes
- Anfípodes são pequenos crustáceos que foram encontrados nas profundezas da Fossa das Marianas. Eles são um dos grupos mais comuns de organismos encontrados nesse ambiente extremo.
- Peixes abissais
- Existem várias espécies de peixes adaptados à vida nas profundezas abissais da Fossa das Marianas. Esses peixes têm adaptações peculiares, como olhos grandes e adaptados à baixa luz, e corpos gelatinosos.
- Polvos abissais
- foram avistados nas profundezas da Fossa das Marianas. Essas criaturas têm características únicas que lhes permitem sobreviver em condições de pressão extremamente alta.
- Cephaloscyllium ventriosum
- Este é um tipo de tubarão de profundidade que foi encontrado nas proximidades da Fossa das Marianas. Eles são adaptados à pressão extrema e à escassez de alimentos nas profundezas oceânicas.
- Holotúrias
- Também conhecidas como pepinos-do-mar, holotúrias são animais marinhos que podem ser encontrados nas profundezas da Fossa das Marianas.
- Organismos microbianos
- Além das formas de vida visíveis, a Fossa das Marianas abriga comunidades de micro-organismos adaptados a ambientes extremos. Esses micróbios podem viver em fumarolas hidrotermais e em sedimentos do fundo do oceano.
É importante observar que a vida nessas profundezas é escassa, e as espécies que conseguem sobreviver nessas condições têm adaptações notáveis para resistir à pressão, à escuridão e à falta de alimento. A exploração contínua da Fossa das Marianas está ajudando os cientistas a entender melhor esses ecossistemas extremos e a vida que eles sustentam.